"O primeiro Programa de Extensão criado no Instituto do Mar "Núcleo de Mapeamento Digital e Formas de Uso dos Territórios" (https://nucleomapascosteiros.unifesp.br/) e o "Observatório da Dinâmica Costeira" (https://obs-dc.unifesp.br/) finalizam 2021 com 120 eventos realizados desde janeiro de 2018, entre palestras, rodas e conversa e mini cursos de extensão, em parceria com a Pinacoteca Benedicto Calixto (2018 e 2019) e com o Instituto das Cidades do campus Zona Leste da UNIFESP (2020 e 2021). Há vídeos públicos que estão organizados e disponíveis no nosso canal do Youtube:
https://www.youtube.com/channel/UColipLhgvEUoiSyNZI3nZSw/videos
Para 2022 ambos projetos do Núcleo e do nosso Observatório Temático foram renovados, e teremos novidades em breve na nossa programação, aguardem...
As nossas equipes agradecem de forma simpática e sincera a todas, todos e todes que colaboraram nessas iniciativas: estudantes, docentes, pesquisadores associados também de outras localidades no Brasil, a comunidade local do litoral centro de São Paulo (Cubatão e Guarujá) e também do norte fluminense em Atafona, São João da Barra-RJ, em especial com a Casaduna (https://www.casaduna.org/). Também temos apoio do projeto de pesquisa sobre processos costeiros nessa zona costeira (https://atafona.unifesp.br/). Nesse website de Atafona há disponível série de divulgação de nossas atividades coletivas desenvolvidas com liderança da UNIFESP na imprensa (Folha de São Paulo), seja na forma televisiva (TV Record e Globonews) e em sítios na Internet (Revista National Geographic - EEUU)."
Foto abaixo da foz do rio Paraíba do Sul, São Francisco do Itabapoana-RJ (ilha do Lima e ilha da Convivência, à esqueda, direção norte) e de São João da Barra-RJ (Atafona, à direita, direção Sul).
Slides de apresentação geral dos principais resultados na reunião de 11/09/2020 para a PROEC-UNIFESP
Resultados Parciais
O Observatório da Dinâmica Costeira da UNIFESP da Baixada Santista começou suas atividades em 20/02/2020 e, com a colaboração de 6 alunos bolsistas, tem se dedicado a estudos gerais das áreas geográficas da ilha Diana e da Ponta da Praia localizadas em Santos/SP, da praia do Góes e a praia do Tombo em Guarujá/SP, da foz do rio Itaguaré em Bertioga/SP e da praia de Atafona, São João da Barra/RJ.
O propósito desse observatório é produzir um espaço de articulação democrática, participativa e dialógica, capaz de contribuir para o monitoramento e a transformação positiva da realidade, por meio de análises, reflexões, produção de dados e conhecimentos, subsídios e recomendações, visando acompanhar, dar visibilidade, problematizar e evidenciar temas, situações concretas, problemas, políticas públicas e processos de relevância socioambiental e de garantia de direitos. O nosso tema central é a dinâmica costeira em suas expressões, impactos e implicações nas formas de vida cotidiana da população local. É também concebido como um espaço que subsidia a gestão pública em ações coletivas de cidadania ativa e participação social.
Nesse sentido estamos concentrando esforços para inicialmente organizar e validar acervo de dados cartográficos e informações de imagens sensoriais, gentilmente cedidas ao Laboratório Multiusuário de Pesquisa em Tecnologia e Processamento de Imagens pelas prefeituras municipais locais, com o objetivo de geração de projetos técnicos nos ambientes dos sistemas QGIS e SPRING, que proporcionem a geração de documentos cartográficos, em escalas variadas, que permitam identificar aspectos de CENÁRIOS PRELIMINARES, de como se encontra o uso da Terra e a cobertura vegetal nessas localidades, a partir de análise de feições contidas em mosaico de ortofotografias de 2014 e também imagens de satélites do sistema LANDSAT8 de 2019/2020. Estudos sobre padrões de reconhecimento de objetos nas imagens estão fundamentados em aspectos de forma, cor e textura do que aparece nas imagens de feições geográficas do nosso interesse.
RESUMOS DE TRABALHOS A SEREM APRESENTADOS NO VI CONGRESSO ACADÊMICO DA UNIFESP:
1- DIAGNÓSTICOS E ANÁLISE HISTÓRICA DA PRAIA DO TOMBO
Felipe Prates Gragnani
Este projeto teve como principais feitos o desenvolvimento de mapeamentos de determinadas áreas da Baixada Santista incluídas nas linhas de pesquisa do Observatório da Dinâmica Costeira. Por meio da análise dos dados já obtidos do acervo do Laboratório Multiusuário de Pesquisa em Tecnologia e Processamento de Imagens do Departamento de Ciências do Mar, fora feita a organização e a validação dos dados geoespaciais. Além disso, fez-se o aprimoramento da base de dados com buscas na web por arquivos necessários às metas do projeto. Por meio dos arquivos do Serviço Geológico dos Estados Unidos obtidos no catálogo “Earthexplorer”, foram obtidas as imagens de satélite do Landsat 8 que foram utilizadas para a elaboração de cartas imagem com base em diferentes composições de RGB e o mapeamento do uso de Terra e cobertura vegetal das áreas estudadas, através do sistema computacional especializado SPRING - DPI/INPE, seguindo todas as etapas necessárias para a classificação e o mapeamento. Com o devido enfoque na praia do Tombo, Guarujá-SP, houve uma busca por dados específicos da localidade, como as delimitações de bacias de drenagem e o arruamento da região em arquivos de formato vetorial, para serem sobrepostas em imagens de satélite e ortofotos com emprego de outro sistema computacional especializado QGIS. Além disso, foi gerada uma sequência histórica do local por meio de imagens obtidas pelo Google Earth Pro para assim analisar de forma inicial as alterações nas paisagens locais, gerando cenários ao longo do tempo.
2- DIRETRIZES DO OBSERVATÓRIO COM ENFOQUE PARA ILHA DIANA E PRAIA DO GÓES
Felipe Gongora Ribeiro
Slides ilha Diana, Santos/SP (12/06/2020).
Texto adicional ilha Diana, Santos/SP (12/06/2020).
Slides praia do Góes, Guarujá/SP (12/06/2020).
Texto adicional praia do Góes, Guarujá/SP (12/06/2020).
O Observatório de Dinâmica Costeira tem como objetivo o estudo de algumas áreas do litoral centro do estado de São Paulo, a saber: Parque Estadual da Restinga de Bertioga (PERB) na foz do rio Itaguaré em Bertioga/SP, em Santos/SP o foco está na Ponta da Praia e na ilha Diana (parte Continental), e em Guarujá/SP na praia do Tombo e na praia do Góes, para se identificar os principais problemas causados pela dinâmica praial (com destaque a erosão marinha), sejam eles por agentes naturais ou intensificados por ação antrópica. Para se estudar essas áreas optou-se pelo emprego de ferramentas do geoprocessamento incluindo Sistemas de Informação Geográfica (SIG), a partir de imagens de Satélite LANDSAT 8 aplicadas ao ambiente computacional do sistema SPRING, gerando mapas e cartas temáticas para melhor visualização das áreas em destaque. Também foi gerada uma sequência histórica (de 2009 a 2019) de imagens com a utilização do Google Earth, evidenciando as mudanças que cada área apresentou ao longo do tempo. Outro objetivo do Observatório é selecionar, organizar e reunir o máximo de informações (artigos, textos, material jornalístico, produtos midiáticos, entre outros) sobre essas áreas, estruturando um website com informações públicas a serem disseminadas. Além de produção própria da equipe do Observatório, seja através de iniciativas a partir de revisões bibliográficas, como também produção de novos artigos, e com isso trazer para as comunidades locais e os gestores públicos debates sobre políticas públicas a serem tomadas, principalmente com âmbito ambiental e social. Um dos meus focos é a ilha Diana onde o Laboratório Multiusuário de Pesquisa em Tecnologia e Processamento de Imagens da UNIFESP possui um acervo de ortofotografias (ano 2014) e arquivos vetoriais disponibilizados pela prefeitura de Santos/SP e também de dados disponibilizados pelo Instituto Pólis, permitindo a produção de um mapa utilizando a plataforma aberta QGIS.
3- GERENCIAMENTO DE DADOS MARINHOS NO CONTEXTO DA ZONA COSTEIRA DA BAIXADA SANTISTA
Isabela Nogueira da Silva
Este projeto tem como foco desenvolver um sistema computacional, para gerenciamento de uma base de dados de ambientes marinhos e costeiros da baixada santista. O desenvolvimento de tecnologias de gerenciamento de dados é fundamental para que os envolvidos no projeto possam contribuir para definir estratégias voltadas para a conservação, gerenciamento centralizado e aproveitamento sustentável do ambiente marinho e zona costeira. Foi identificada necessidade evidente da aplicação da tecnologia da computação no gerenciamento de dados, devido à grande demanda e produção de resultados a partir das Prefeituras e Secretarias locais em conjunto com o Observatório da Dinâmica Costeira - UNIFESP. A grande importância da concepção e desenvolvimento de um banco de dados é centralizar as informações e possibilitar uma estratégia de padronização no armazenamento e recuperação dos dados, deste modo garantindo a disseminação da informação dos dados coletados e produzidos da área escolhida do litoral centro da baixada santista. Referente ao desenvolvimento do website do Observatório da Dinâmica Costeira, o mesmo está divido em tem três partes básicas: sendo a primeira o Servidor HTTP, que recebe as requisições dos usuários que estão acessando o site, processa as informações e possibilita a devolução de dados. A segunda parte é a definição do Motor de Processamento, que é um aplicativo web livre e de código aberto que conforme configurado possibilitará a administração do SGBD pelo Site do Observatório da Dinâmica Costeira e a terceira parte é o Banco de Dados, que atrelado ao motor de processamento do site reúne informações que são usadas para processar a página, executar códigos e manipular dados como: recortes históricos de cada área da zona costeira, mapas, cartas, plantas, resumos dos congressos, informações sobre eventos, fóruns, imagens e artigos. Deste modo, o projeto tem como objetivo apresentar um modelo conceitual sendo ele: o planejamento da estrutura, o desenvolvimento e criação do projeto da Interface Web e Banco de Dados, a validação da comunicação entre a aplicação e o SGBD, a execução da aplicação pronta e a entrega de soluções que poderão facilitar a tomada de decisão dos envolvidos. O projeto pretende auxiliar o gerenciamento das necessidades e demandas, focando em soluções tecnológicas, para os aspectos teóricos e práticos da implementação de um Sistema de Gerenciamento de Banco de Dados (SGBD), propondo diretrizes para que esforços futuros sejam estabelecidos visando, a ampliação de conhecimento estratégico a partir de informações do meio físico dos ambientes costeiros nesse litoral da Baixada Santista.
4- MAPEAMENTO DE TRILHAS ECOTURÍSTICAS E VIABILIDADE DA APLICAÇÃO DE TRILHAS INTERPRETATIVAS EM ZONA COSTEIRA NO MUNICÍPIO DE GUARUJÁ/SP
José Mateus Marques Camara
O propósito que norteou este trabalho é o fomento ao uso público de baixo impacto - por meio do ecoturismo e sua devida gestão - da região denominada Cabeça do Dragão, no município do Guarujá/SP. A área é permeada por trilhas que levam a mirantes e belas praias em meio a rica diversidade de fauna e flora, com destaque ao potencial de turismo ecológico. A presente pesquisa consiste em realizar o georreferenciamento das trilhas da região, viabilizando a elaboração de mapas temáticos com caracterização dos pontos atrativos e por fim discutir em que medida pode ser aplicado o conceito de trilhas interpretativas na promoção do seu uso público e conservação. A área de estudo se situa na extremidade oeste da ilha de Santo Amaro, com predomínio de cobertura de floresta Atlântica nativa, extenso costão rochoso e três praias de exuberantes atributos cênico paisagísticos. É composta por grandes áreas de propriedade privada, o que dificulta a atuação do poder público. Configuram em sua maior parte APPs (Áreas de Preservação Permanente) onde se faz presente modesta atividade pecuária. O mapeamento cartográfico temático foi executado com suporte de tecnologias digitais de geoprocessamento, com foco no potencial de uso turístico do recorte estudado. Foi implementado um banco de dados geoespaciais em ambiente SIG - Sistema de Informação Geográfica (QGIS), a partir de ortofotos disponibilizadas pela prefeitura do Guarujá e imagens obtidas na plataforma Google Earth Pro. Está sendo programada a aquisição de dados em campo por meio de métodos de posicionamento GPS para fins de georreferenciamento das trilhas, praias e pontos de interesse. Em paralelo foram realizados registros fotográficos das características relevantes observadas no que se refere à localização espacial e atrativos ecoturísticos. O conceito de trilhas interpretativas se apresenta plenamente aplicável quanto ao potencial interpretativo, com grande pluralidade de elementos e favoráveis características físicas, topográficas e cênico paisagísticas. No entanto, essa modalidade de uso público implica a gestão integrada da área que, por meio de um plano de manejo, atenda às demandas turístico recreativas, de uso da terra, inclusão das comunidades locais e principalmente conservação do ambiente natural. Tal gestão é ausente na região no presente momento. Como extensão desse trabalho propõe-se a integração dos produtos gerados em plataforma on-line de acesso público, com os mapas temáticos e ferramentas do tipo hot link que permite ao usuário acessar imagens e vídeos dos acessos, bifurcações e relevantes topografias, bem como pontos de interesse ao ecoturismo. Ainda, um estudo detalhado da capacidade de carga das trilhas configuraria subsídio relevante na gestão da conservação do ambiente natural da região.
5- CARTOGRAFIA COMO INSTRUMENTO PARA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO FÍSICO DA PONTA DA PRAIA – SANTOS/SP
Raul Dias Barboza
O “Observatório da Dinâmica Costeira”, projeto de extensão do Instituto do Mar da UNIFESP, se debruça sobre aspectos físicos de diferentes regiões baixada santista prezando pelo aspecto social e democrático do estudo de cada um deles. Iniciado no dia 20/02 o projeto se propõe a estudar todas as faces das situações-problema escolhidas, utilizando a Cartografia e o Sensoriamento Remoto como ferramentas de trabalho. O objetivo é, entretanto, compreender a dinâmica de cada caso de maneira suficientemente completa para propor espaços de diálogo e reflexão que possam vir a contribuir para a sociedade em que cada um deles estão inseridos. Os locais estudados pertencem aos municípios de Santos, Guarujá e Bertioga, ambos pertencentes ao estado de São Paulo. Dentre eles o caso do bairro da Ponta da Praia em Santos exemplifica perfeitamente o tipo de situação encontrada nesse estudo. A evolução morfodinâmica da área da Ponta da Praia em Santos já foi estudada anteriormente e é um caso que soma diversas ações da prefeitura, as quais tentam, há alguns anos, frear a erosão marinha que ocorre no local. De fato, a alteração da linha de costa está ligada à atividade antrópica, porém é difícil ditar uma relação de causa e efeito, uma vez que os agentes como ventos, ondas e marés são apenas alguns dos que interferem no processo de erosão e de progradação, e não são completamente monitorados e integralmente determinísticos. Para compreender o aspecto físico têm sido utilizadas imagens do satélite LANDSAT8 como apoio e trabalhado com sistemas computacionais especializados como QGIS e SPRING para processá-las. As imagens ajudam a compreender o padrão de uso da Terra e cobertura vegetal. Também é possível trabalhar com dados cedidos pelos órgãos públicos de cada município, os quais são muitas vezes mais atualizados ou mais precisos. Por fim ocorrerão visitas de campo agendadas aos locais, que permitirão a comprovação e validação de características do meio físico, observados e interpretados a partir dessas imagens sensoriais.
6- UMA PERSPECTIVA CARTOGRÁFICA E SOCIAL SOBRE A FOZ DO RIO ITAGUARÉ – BERTIOGA SP
Thomas Carrara Tangerino
O Rio Itaguaré pertence à bacia hidrográfica na Baixada Santista e localiza-se no perímetro municipal da cidade de Bertioga/SP. Sua vegetação abrange o mangue, a floresta Atlântica, mata de várzea e de restinga. Possuindo uma vasta biodiversidade o rio é ameaçado, pelo rápido avanço da construção civil local, com condomínios de luxo, restaurantes e resorts. Para minimizar o impacto destas construções, foi criado em 9 de dezembro de 2010 o Parque Estadual Restinga de Bertioga (PERB) que se tornou parte importante de um corredor ecológico entre ecossistemas costeiros e a serra do Mar. Este trabalho tem como objetivo evidenciar os fatores que caracterizam as questões sociais e físicas da região, e de certa maneira, promover debates e reflexões sobre o uso do território costeiro. O projeto se utiliza de sistemas computacionais especializados como QGIS, SPRING e AUTOCAD, para o processamento das imagens de satélites (LANDSAT8) e dados vetoriais, e produção de mapas temáticos que são fundamentais nas diversas análises do uso da Terra. Além disso, durante o trabalho foi possível entender como funcionam os receptores de GPS e como eles nos ajudam em investidas técnicas em tarefas de posicionamento, navegação e orientação espacial. Através dos processamentos de imagens de satélites, conseguimos identificar, numa aproximação inicial em relação à realidade no campo, os tipos de vegetação, as áreas urbanas, diferenciar corpos hídricos existentes na zona da foz do rio Itaguaré, e assim investir em estudos sobre o impacto que esta área geográfica apresentou ao longo do tempo. Para expressar isso, capturamos imagens de satélite em períodos sazonais e construímos uma apresentação representando as diferenças destas características através das técnicas e dos métodos de representação cartográfica.
7- NÚCLEO DE MAPEAMENTO DIGITAL E FORMAS DE USO DO TERRITÓRIO COSTEIRO
Gilberto Pessanha Ribeiro
Olívio de Araújo Netto
Natállia Alves Lopes Guerra
Este Programa de Extensão consiste num Núcleo que se dedica a executar atividades no suporte a dois projetos já existentes e em desenvolvimento desde 2015 e 2016, respectivamente: ?Sentinelas das Praias? e ?Produção Midiática nas Ciências da Terra com Ênfase no Mar?. A proposta é promover, de forma continuada, o pleno desenvolvimento de atividades acadêmicas de extensão de caráter educativo, social, cultural, científico e tecnológico, no suporte às atividades de ensino em Ciências da Terra, com ênfase em Geomorfologia Costeira e Marinha associadas a praias arenosas (Santos-SP, São Vicente-SP, Guarujá-SP e Bertioga-SP). Contempla ações extensionistas envolvendo produção, intercâmbio de informações, visitações técnicas e medições em campo de aspectos morfodinâmicos de praias arenosas, com produção de material didático. Viabiliza indiretamente a relação transformadora entre a universidade pública e a sociedade, na perspectiva interdisciplinar com concentração nos seguintes temas que se associam às Ciências da Terra: Geologia (processos), Cartografia (mapeamento digital), Oceanografia (regime de ondas e correntes litorâneas), Meteorologia (vento e marés), Astronomia (marés lunissolares) e Geomorfologia Costeira e Marinha (morfodinâmica praial). No que se refere às Ciências Sociais Aplicadas os temas vinculados ao Núcleo são: território usado (espaço geográfico usado pela população); memória social (a significação e ressignificação da população sobre o espaço usado - litoral); abordagem social (contato com a população local, com aprendizado de saberes e verdades locais, ampliação do conhecimento produzido pelo grupo; conceitos e interpretações sobre o espaço e o lugar praticado; captura de narrativa de história de vida aplicado à paisagem transformada). Esse Programa também refere-se ao atendimento ao público durante as atividades de campo a serem realizadas no período de dois anos nas visitas técnicas em praias arenosas de Santos, São Vicente, Guarujá e Bertioga/SP. O Programa prevê: (a)- Indissociabilidade entre extensão, pesquisa e ensino, com propósitos que permitem a formação técnica e cidadã do estudante do curso de Bacharel Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia com ênfase em Ciências do Mar (BICTMar) da UNIFESP; (b)- Interdisciplinaridade, que já é uma marca forte do curso BICTMar onde há disciplinas regulares das Ciências Exatas e da Terra; (c)- Impacto na formação do estudante, uma vez que o Programa propõe promover o alcance do domínio de conhecimentos contemporâneos que extrapolam as Unidades Curriculares do curso BICTMar, nas áreas das Ciências da Terra, e que serão considerados formalmente como atividades complementares no Programa Político Pedagógico (PPP) do referido curso; (d)- Geração de produtos envolvendo narrativas, relatórios, mídias digitais, folders, banners, slides, textos didáticos e publicações; (e)- Estimular a sustentabilidade ambiental por meio de ações afirmativas e interativas entre o homem, a sociedade e a zona costeira. Websites: https://gilbertounifesp.wixsite.com/nucleo; https://gilbertounifesp.wixsite.com/core
8- SENTINELAS DAS PRAIAS
Gilberto Pessanha Ribeiro
Olívio de Araújo Netto
Este projeto possui como ponto de partida discutir elementos de morfodinâmica de praias arensas, na perspectiva de Geografia Física e Geomorfologia Marinha e Costeira. As áreas estudadas foram em 2019 e em 2020: praia do Góes e praia do Tombo em Guarujá/SP, praia na foz do rio Itaguaré em Bertioga/SP, e Ponta da Praia em Santos/SP. Aspectos históricos envolvendo erosão (retrogradação) e progradação marinhas foram levantados, documentos reunidos e organizados, com o propósito de estudar e sustentar análises e observações das condições possíveis de monitoramento, objetivando compreender sua evolução no tempo e no espaço geográfico. Trata-se de um projeto criado em 2015, e com continuidade até hoje. No website desse projeto (https://sentinelasdaspraias.wixsite.com/sentinelasdaspraias) foram feitas atualizações diversas, e aos poucos obtivemos avanços em trabalhos de campo, aproximando alunos de vivências sobre também interpretações da paisagem, onde cenários se modificam de forma constante. Além do meio físico este projeto se dedica aos aspectos sociais, evidenciando e denunciando sobre os agentes que promovem a erosão, como ventos, ondas, marés astronômicas e meteorológicas, assim como deriva litorânea e condicionantes antropogênicos, tornando seu propósito mais próximo de implicações e alterações na rotina das populações nessas franjas do litoral. A percepção de projetos em disputa nessas áreas, na componente antropogênica, é trazida para a discussão, assim como e visão e dimensão do homem em sua totalidade, como parte da sociedade. Resultados serão apresentados a respeito dessas frentes de trabalho, com a participação de alunos do curso de Bacharelado Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia do Mar, e colaborações pontuais de aluno do curso de engenharia ambiental.
9- PRODUÇÃO MIDIÁTICA NAS CIÊNCIAS DA TERRA COM ÊNFASE NO MAR
Gilberto Pessanha Ribeiro
Natállia Alves Lopes Guerra
Este projeto possui envolvimento com produção de vídeos e de imagens relativas às investidas de campo, com participação direta de alunos do curso de Bacharelado Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia do Mar, e colaborações pontuais de aluno do curso de engenharia ambiental. As áreas de trabalho foram, em 2019 e em 2020: praia do Góes e praia do Tombo em Guarujá/SP, praia na foz do rio Itaguaré em Bertioga/SP, e Ponta da Praia em Santos/SP. Também houve trabalhos em visitações no Engenho São Jorge dos Erasmos localizado em Santos/SP. Foram alvo na produção documentos digitais que já se encontram disponíveis no website do projeto (https://gilbertocartografo2.wixsite.com/producaomidiatica). Grande parte dos resultados foi obtida em levantamentos de campo, com a efetiva participação de alunos das Unidades Curriculares “Cartografia”, “Sensoriamento Remoto” e “Geoprocessamento”. Alunos do curso de Bacharelado Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia do Mar. Tais resultados foram gerados através de uso de sistemas computacionais vocacionados para edição de vídeos e imagens. Este projeto está em desenvolvimento desde 2016, e acumula material bruto ainda não editado, permitindo aproxima os alunos de experiências multimídia, com a responsabilidade de evidenciar e denunciar aspectos de ensino e aprendizagem, diante do rico elenco de temas envolvidos nas UCs.
Imagens Google Earth
Resultados de séries históricas de imagens a partir do Google Earth das áreas de estudo (só clicar em cada uma das imagens abaixo):
Imagens LANDSAT8
Resultados do mapeamento digital de uso da Terra e cobertura vegetal da porção setentrional do litoral centro paulista, com emprego do sistema SPRING e a partir de imagens do sistema LANDSAT8 com data de aquisição 17 de agosto de 2019. Foi adotada a classificação semi-supervisionada com similaridade 5 e região de 200 pixels, por meio do classificador Bhattacharya. Aqui são apresentados RESULTADOS PRELIMINARES, que estão ainda sujeitos a refinamentos sistemáticos, mas servem de referência inicial para a equipe de alunos do Observatório adquirirem a experiência de uso desses recursos e funcionalidades disponíveis do sistema SPRING:
Coleções de documentos cartográficos:
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Coleção 1: cartas imagem (composições coloridas RGB):
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RGB_543.
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RGB_432.
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RGB_654.
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RGB_764.
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RGB_753.
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Resultados Esperados
Estamos bem empenhados para contribuir efetivamente com discussões de temas contemporâneos, que se destacam es estudos de territórios costeiros, com suporte de Categorias Geográficas (espaço, lugar, território, região e paisagem) e Geotecnologias (Sistemas de Informação Geográfica - SIG, Sistema de Posicionamento Global - GPS, Processamento Digital de Imagens Científicas, etc...).
Resultados esperados: artigos científicos, relatórios técnicos, programação de realização de fóruns de debates, diretrizes para políticas públicas, contribuições para gestão costeira com aplicação de premissas do projeto Orla do Governo Federal, direcionamentos para revisão de planos diretores de municípios do litoral, reorientação de requisitos para obras de engenharia costeira, diálogo com conselhos consultivos de unidades de conservação, associações de moradores, líderes comunitãrios, comunidades de pesca artesanal, populações tradiconais costeiras, etc...
Proposta preliminar de indicadores de monitoramento, acesso a bancos de dados, dados abertos, interoperabilidade e forma de automação e tratamento de dados:
O Observatório terá um sistema de catálogos (metadados geoespaciais digitais) banco de dados espaciais, e conjunto de arquivos textuais e de imagens, referentes às coletas de dados e aquisições de informações a partir de fontes indiretas para compor elementos que dêem auxílio às análises espaciais e também dar carga ao website.
Serão utilizados softwares gratuitos e livres, permitindo disseminar informações públicas de interesse coletivo.
Alcançaremos interoperabilidade em sistemas distribuídos por meio de ferramentas computacionais para acesso, armazenamentos e consultas espaciais. O processo de validação dos dados terá suporte em modelagem, visando implementar as operações de atualização de bases de dados.
O Observatório conta com pesquisadores especializados em gerar e avaliar indicadores tanto para suas atividades programadas, quanto para monitoramento, com uso de bancos de dados que serão carregados com novos dados a serem levantados, com compromisso de publicização de informações que interfiram positivamente em ações junto à sociedade da baixada santista. Como exemplo temos o Instituto Pólis que possui um acervo precisos de dados socioambientais regionais. Está sendo desenhado um banco de dados espaciais e também um website com a ideia de portal de informações socioambientais, podendo se estender a outras tipologias de informações. Mas teremos mapas, cartas e plantas a serem produzidos em ambiente digital que tratarão de questões sociais e ambientais relevantes que atingem a população local. Bases de dados serão produzidas visando a interoperabilidade entre sistemas computacionais públicos, permitindo acesso às informações gráficas e tabulares (dados analíticos).
Forma de publicização dos dados e potencial para geração de produtos e processos, com inovação tecnológica e social, dentro das políticas da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura da UNIFESP:
A publicização de informações socioambientais e de outras naturezas será por meio do website que hoje está em sua versão preliminar. O que se pretende é a promoção de fóruns de debates onde serão expostas, exibidas informações temáticas sobre tópicos de interesse da sociedade local. Serão inseridas inovações em processos de produção de material cartográfico e também no uso dos produtos, com ênfase em geotecnologias.